Arquivo mensal: março 2017
Novas regras da Rouanet, mais fiscalização, transparência e descentralização à Cultura.
O Ministério da Cultura anunciou nesta terça-feira (21/3) um pacote de mudanças que vai corrigir as principais distorções da Lei Rouanet.
Os mecanismos estabelecidos pela nova Instrução Normativa (IN 1/2017), que substitui a publicada em 2013 (IN 1/2013), visam garantir os fundamentos da Lei: fomentar a cultural nacional de forma descentralizada, democratizando o acesso aos recursos do incentivo fiscal e aos produtos culturais oriundos dos projetos apoiados via Lei Rouanet.
As novas normas evitam a concentração por proponente (pessoa física ou jurídica que apresenta o projeto), por região do país, por projeto e por beneficiário (público que consome cultura).
Foram também criadas ferramentas tecnológicas para aumentar o controle, a fiscalização e a transparência dos projetos, que passarão a ter prestação de contas em tempo real. Além disso, as novas regras otimizam os fluxos de análise de projetos, o que deve reduzir o tempo médio entre a admissão de um projeto e sua execução e desonerar os gastos do Estado com a análise de projetos sem perspectiva real de viabilidade de execução.
Ao apresentar a nova IN, o ministro da Cultura, Roberto Freire, defendeu as alterações como resposta às críticas feitas à Lei de forma a garantir sua manutenção como principal mecanismo de incentivo à produção cultural do Brasil. “Algumas críticas eram pertinentes, como a concentração de recursos, priorizando determinadas regiões. Os resultados do desmantelo que o País sofreu num processo de desgaste que afetou o Ministério da Cultura e a Rouanet também exigiam de nós uma posição mais ofensiva, de definição de caminhos”.
Confira as principais mudanças trazidas pela nova Instrução Normativa da Lei Rouanet
IN 1/2013 |
IN 1/2017 |
|
Comprovação de prestação de contas, incluindo notas fiscais, enviada fisicamente ao MinC, gerando passivo de análise | Acompanhamento da movimentação dos recursos incentivados em tempo real a partir de extratos. Controle social via Portal da Transparência
Não será mais necessário o envio das notas fiscais por meio físico ao ministério, apenas caso o MinC solicite o documento |
|
Quando da aprovação do projeto já eram abertas duas contas no Banco do Brasil: uma para captação de recursos e outra para movimentação do dinheiro incentivado | Conta única vinculada ao Branco do Brasil | |
Os recursos incentivados podiam ser utilizados para pagamentos de fornecedores com cheque, transferência bancária, saques | O pagamento com cheque não poderá mais ser utilizado | |
Para alterações de valores dos itens orçamentários do projeto sem autorização do MinC, o limite era de 20% do valor do item | Agora, dentro do limite de 50%, o valor do item orçamentário poderá ser aletrado sem autorização do MinC | |
Os critérios de admissibilidade dos projetos se resumiam a:
· Conferência da atuação da empresa em área cultural, conforme cadastro do proponente na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) · Análise do contrato social · Análise da relevância cultural e razoabilidade do projeto · Análise do portfólio de comprovação das atividades culturais realizadas pelo proponente · Conferência da documentação exigida |
São acrescidos aos critérios de admissibilidade já existentes, a consulta eletrônica às trilhas de verificação da base de dados do Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic) e da Receita Federal:
· Proponentes com sócios em comum e/ou mesmo endereço · Regularidade do proponente com relação a impostos e contribuições · Verificação dos beneficiários de ingressos gratuitos · Verificação dos limites de não concentração do número de projetos e teto de valor por proponente |
|
A fase de captação de recursos só poderia ocorrer após aprovação definitiva do projeto, ou seja, análise técnica do parecerista, Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), MinC e publicação da portaria de captação no Diário Oficial | A partir do novo fluxo, os projetos recebem, já na fase de admissibilidade, aprovação para captar 10% do valor aprovado, comprovando sua viabilidade de execução
Isso permitirá ao MinC economia na emissão de pareceres a projetos sem efetiva possibilidade de execução |
|
Os pareceristas eram contratados para análise dos itens orçamentários dos projetos conforme seu nível de complexidade. Cada um só poderia analisar projetos do seu nível específico, o que poderia gerar, num momento, acúmulo de análise e em outros, ociosidade do profissional | A economia gerada pelo novo fluxo permitirá a atualização do valor dos pareceres, criando um novo modelo de contratação de pareceristas. O objetivo é que o profissional dedique mais atenção aos projetos com efetiva viabilidade, podendo atuar em projetos de todos os níveis de complexidade. Dessa forma, haverá o aprimoramento na análise dos itens orçamentários do projeto antes de chegar à CNIC | |
Não havia ferramenta de acesso mobile ao sistema Salic |
|
|
Não havia limite por projeto |
|
|
O somatório dos orçamentos era limitado por proponente a um percentual do valor autorizado para renúncia fiscal do ano em curso, estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), conforme os seguintes limites:
· pessoa física: 0,05% do previsto na LDO (cerca de R$ 700 mil) e até 2 projetos · pessoa jurídica: 3% do previsto na LDO (cerca de R$ 40 milhões) e até 5 projetos |
Os proponentes podem utilizar o incentivo fiscal com os seguintes limites:
· Empresário Individual MEI e pessoa física: valor máximo de R$ 700 mil, com até quatro projetos · Para os demais empresários individuais EI: valor máximo de R$ 5 milhões, com até seis projetos · Para Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI), Sociedades Limitadas (Ltda) e demais pessoas jurídicas: valor máximo de R$ 40 milhões, com até dez projetos |
|
Não havia limite do preço médio do ingresso para o show, espetáculo, exposição, mostra e outros realizados com incentivo fiscal | O valor médio máximo do ingresso será de R$ 150 (três vezes o valor do Vale-Cultura) | |
Não havia limitador da lucratividade do projeto realizado com incentivo fiscal | O valor total da receita bruta dos produtos culturais, não pode ser superior ao incentivo fiscal previsto para o projeto | |
Não havia mecanismos de incentivo aos projetos realizados nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil | Fica permitido aos projetos integralmente realizados nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste:
· Um teto maior, de R$ 15 milhões por projeto · Aumentar em 50% a sua carteira de projetos com incentivo fiscal e o valor total desses projetos · Os custos de divulgação também podem ultrapassar os 20% do valor do projeto e chegar a 30% |
Fonte: Ministério da Cultura
Quer saber mais sobre o assunto?
Contas inativas do FGTS. Saques liberados!
O governo federal divulgou o calendário oficial de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por trabalhadores que pediram demissão ou foram demitidos. O dinheiro será liberado a partir do dia 10 de março e seguirá uma sequência de acordo com a data de nascimento dos contribuintes.
UESP divulga notas e justificativas 2017
A UESP acaba de disponibilizar as justificativas de todas as notas dos quesitos avaliados no Carnaval 2017. Confira.
Justificativas Grupo1
Justificativas Grupo2
Justificativas Grupo3
Justificativas Grupo4
Justificativas Blocos Especiais
Fonte: UESP: http://uesp.com.br/acesse-as-justificativas-das-notas/
Justificativas LIGA/SP 2017 – Carnaval SP
Agora que a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo já disponibilizou as justificativas das notas dadas pelos jurados às escolas de samba do Grupo Especial e Grupo de Acesso é hora de todo mundo parar, analisar, comemorar os possíveis acertos, aprender com os erros e começar os preparativos para 2018.
Fique por dentro das justificativas
Acesse o link da LIGA/SP: http://www.ligasp.com.br/liga/?p=8066
E para relembrar, veja a colocação das escolas.
Grupo Especial:
1º – Acadêmicos do Tatuapé
2º – Dragões da Real
3º – Vai-Vai
4º – Império de Casa Verde
5º – Rosas de Ouro
6º – Mocidade Alegre
7º – Unidos de Vila Maria
8º – Acadêmicos do Tucuruvi
9º – Gaviões da Fiel
10º – Mancha Verde
11º – Unidos do Peruche
12º – Tom Maior
13º – Águia de Ouro (cai para grupo de acesso)
14º – Nenê de Vila Matilde (cai para grupo de acesso)
Grupo de Acesso:
1º – X-9 Paulistana (sobe para grupo especial)
2º – Independente Tricolor (sobe para grupo especial)
3º – Colorado do Brás
4º – Camisa Verde e Branco
5º – Leandro de Itaquera
6º – Pérola Negra
7º – Imperador do Ipiranga
8º – Estrela do 3º Milênio (cai para grupo I da UESP)